..das muitas escolas de magia, estudamos por aqui as que podem nos ser mais próximas. Não temos condições de aprofundarmos em estudos dos quais podemos encontrar a origem de muitos mitos e lendas, então ficamos orbitando em volta do que nos é de alcance (nesta vida..rs). do que estudamos, entendemos que:
A umbanda, uma religião brasileira, do qual seu rito foi firmado por um Caboclo, em 1908, mas..veja bem, uma “religião brasileira” do qual o seu “rito” foi instituído em 1908. Já existiam praticas de umbanda, mas sem que tivesse um rito firmado, um rigor, para que pudessem ser feitas identificações do que é umbanda e do que eram os demais ritos de magia (evocações) praticados por ai. Ficou instituído em 1908 que “..umbanda é a manifestação do espirito para a pratica da caridade”. Qualquer manifestação que não tivesse esse empenho, não poderia ser chamado de umbanda. Leal de Souza, que é quem possivelmente escreveu o primeiro livro sobre umbandas, macumbas e candomblés, catalogou que já existiam ritos para Exu sendo praticados na Bahia e no Rio de Janeiro, antes de 1908, assim como ritos e cantos praticados por índios que foram escravizados, agora libertos, voltados a sua ancestralidade, ou seja, a caboclos.
O espiritismo já existia por aqui, chegou ao Brasil ainda em 1880 + – e era um abrandamento da fé católica. Se tornou (mais) conhecido pelas mãos de Bezerra de Menezes. Sessões mediúnicas simples, bem educadas, conforme as orientações publicadas no JORNAL ESPIRITA REFORMADOR, em seus originais (francês), que sugeria as condições para que uma sessão mediúnica fosse proposta. Nestas sessões, quando das manifestações de entidades mais brutas, violentas, o espiritismo não sabia o que fazer, nem como encaminhar, orientar (dizer o termo DOUTRINAR UMA ENTIDADE é errado, muito errado..porque toda entidade já é DOUTRINADA, seja em qual linha for, o que pode acontecer é que lhe falte um bom direcionamento/ORIENTAÇÃO, mas nunca que ela já não tenha para sí uma doutrina própria).
O rito de umbanda, instituído em 1908, começado em uma casa espirita kardecista cristã, é para que estas entidades dos quais o espiritismo não sabia o que fazer, fossem acolhidas através de caboclos, crianças e pretos velhos, na nova religião que surgia. As entidades que se manifestavam de forma grosseira, eram em sua maioria, eguns (espíritos de quem já viveu na terra) com patente e comportamento de Exu´s. Muitos foram ou eram evocados, pelos escravos então libertados, em tentativas de vingança ou obsessões, aos senhores do engenho que os mantinham escravizados. Isso não está em livros, mas…
Outros escravos, libertos, se juntaram aos índios e suas tribos, aldeias. Forma-se aqui uma fusão de ideias, ritos, conhecimento. A ancestralidade do negro da África, somando com a ancestralidade do índio nativo. Talvez aqui é onde o negro vá conhecer a Ayuascha, o rapé..porque vem de plantas que são características da nossa selva, enquanto na África (mais seca) não surgiriam plantas que dessem ideia a estes experimentos. Provavelmente nesta época (nessa fusão de povos) o negro vá conhecer a arvore que chama Jurema e todos os seus segredos.
“Vou abrir minha Jurema, Vou abrir meu Juremá” não é da umbanda. É dos indígenas. A Jurema, seu rito e seus segredos, é deles. Porém, difundiu-se nas umbandas do norte, que por sua vez em demais intercâmbios, chega nestas umbandas do sudeste e centro-oeste. No sul, outra umbanda é praticada, infelizmente perdida em muitos centros, devotados ao animismo e a mistificação (marmotagem). Uma pena.
Mas, voltando ao tema ESCOLAS DE MAGIA, trouxemos as teorias e histórias, das magias praticadas pelos muçulmanos, na presença da evocação dos “jin´s” (dins), onde explicamos por exemplo, o personagem infantil (mas que era história para adultos) Alladin (e a lâmpada magica). Allah + Din = o gênio (demônio) de Alah. Os tantos “dins” que dão origem e fundamento a riqueza de Salomão (bíblico, sábio, rico, poderoso, rei). Saul AhMon (Salomão) e suas evocações, de ciência oculta, magia complexa, que é a GOÉTIA.
Annibal, que viveu 200 anos antes de Cristo, estrategista militar, filho de Barca. Ann, Han..Bal (Baal), sim, aquele mesmo, o tal do Baal que muita gente oferecia sacrifícios no antigo testamento. Annibal = Filho de Baal. Haspar Barca oferece seu filho a Baal, para que ele se transforme em um grande líder e estrategista, que conquiste terrar, povos, construa reinados.
Magia. Em povos antigos. Inclusive em povos originários da cultura islâmica. O islã, religião, que conquistou povos convertidos a seu favor, inclusive muitos povos originários da África (Egito, Etiópia). Para que os “dins” (pela rebeldia e liberdade) se transformasse em Exu´s (que são rebeldes e libertos), basta uma linha do tempo e da história ser rompida.
Por fim, o MARABUTÔ, que vou trazer parte do texto já postado aqui:
“…”
O islã (já fundado) se expandindo, pois sem esforço, existiram muitas conversões. O judaísmo do outro lado, se expandindo também, através de conversões. Dentre as tantas tribos ou seitas ou povoados negros, existiam (existem ainda, em menor número, claro) os Malês. Este agrupamento de negros eram todos muçulmanos. Malê é o termo “abrasileirado” da palavra em Iorubá que é Imalê, do qual seu significado original é “muçulmano”. No rico vocabulário afro-islãmico, a palavra que define o termo eremita, professor, ou até homem santo, é Muräbiti. Esta palavra foi, conforme o fonema e dicção do povo que a expressava, ganhado som e forma escrita de Marabuto.
Quando o povo Malês, escravizado, vem aportar em terras brasileiras, a influência da fala e da escrita aqui praticada modifica mais uma vez a palavra original. Vinculando-se as macumbas que já eram praticadas partindo de outros povos que mantinham sua ideia de culto, mesmo escravizados (antes da adoção sincrética ao catolicismo e seus santos) surge o termo Marabô.
Desta forma, surge a ideia do culto da “energia dos Marabôs” ou seja, dos Exús professores, de amplo conhecimento. É a evidencia de que o que chamamos de Exu Marabô e praticamos a eles culto na Umbanda, tem a sua origem dentro dos fundamentos islâmicos praticados pelo negro africano convertido.